quinta-feira, 1 de julho de 2010

Falcatruas da Copa do Mundo

Em primeiro lugar quero deixar claro que estou torcendo pelo Brasil na Copa e também que sou fanático por futebol. Não sou chegado em “teorias de conspiração” nem coisas do tipo, mas o que trago a vocês é algo que há anos me incomoda.

Prepare-se para uma viagem no tempo. Abra sua mente para novas idéias mas não as aceite como verdade absoluta. Todas as opiniões aqui expressas são a minha visão dos fatos, a minha interpretação do que aconteceu. Não mais do que isso.

Stade de France, Saint-Denis, 12 de julho de 1998, 23hs. Euforia incontrolável no estádio. A anfitriã da 16ª edição da Copa do Mundo acabara de sagrar-se campeã pela primeira vez do torneio.
Paralelamente a isso o país atravessava um momento economicamente delicado, tendo atingido uma das maiores taxas de desemprego da história que seria ainda agravado pela introdução do EURO. Certamente seria algo épico, digno de filme e de ser lembrado para o resto da vida.

Por trás disso, porém, há muita história mal esclarecida. Lembro de um email que circulou poucos meses depois do final da competição que contava uma possível falcatrua naquela final, em que a França havia comprado a Copa e, em troca, o Brasil ganharia a copa seguinte e ainda sediaria a competição dentro de 20 anos (sonho do povo brasileiro desde 1950).

No email haviam comentários sobre a reação dos jogadores durante a partida (questionava o motivo de Roberto Carlos levar um cartão amarelo no começo da partida por ter chutado a bandeira de escanteio numa demonstração de fúria, a apatia de Ronaldo, …), sobre a confusão na escalação de Ronaldo e Edmundo e outros fatos que passaram (ou não) despercebidos aos nossos olhos.

É claro que na época, apesar de novo, eu não acreditei nessa história. Nunca fui adepto a explicações para fracassos. O Brasil não podia ganhar sempre. Por isso, perdeu.

Quatro anos mais tarde, uma desacreditada seleção brasileira atravessou o mundo e trouxe o pentacampeonato. Em 30 de outubro de 2007 a FIFA confirmou o Brasil como sede da Copa de 2014. Confirmava-se a profecia do email.

Agora você deve estar se perguntando: E DAÍ? Por que levantar essa questão tantos anos depois? Por que trazer a tona as lembranças mais amargas da mais feia das cicatrizes?

Estamos assistindo à 19ª edição da Copa do Mundo. Com 5 títulos, o Brasil só poderia ser alcançado pela Itália – que despediu-se precocemente do torneio. A próxima edição será aqui e o Brasil fará de tudo para vencê-la e apagar a derrota para o Uruguai (1950). Não é interessante para a FIFA que um país tenha 3 títulos de diferença para os demais (seriam necessários no mínimo 12 anos para haver uma igualdade).

Não digo que esta Copa está vendida, comprada, emprestada ou sei lá o que. Mas afirmo que o Brasil não será campeão. De verdade torço para estar errado. Torço para que o futebol, o esporte, a paixão e o sentimento sobreponham-se a qualquer interesse econômico. Mas não quero viver (mais) uma desilusão.

Vamos aos principais fatos que me levaram a crer nisso.
1) Depois da decepcionante derrota para a França, num fracasso histórico, a CBF anunciou o inexperiente Dunga como treinador da maior seleção do planeta.
2) Convocando jogadores inexpressivos (André Santos, Naldo, Fernando, Jônatas, Jô e Afonso Alves são apenas alguns dos nomes), o novo treinador mostrou à torcida o que esperar dele: nada
3) O fato de não levar as maiores estrelas para a África do Sul foi uma forma de enfraquecer a seleção (R Gaúcho, Adriano, Pato, Neymar e Ganso são apenas alguns nomes).

Por partes. Colocar um treinador sem experiência no cargo foi a forma encontrada por Ricardo Teixeira de fazer com que o comandante da seleção obedecesse suas ordens sem questionar. Além disso, Dunga sempre foi uma pessoa sem grande carisma. Foi culpado pela pífia campanha de 1990 durante muito tempo. Essa era a garantia do presidente da CBF de que o comandante da equipe nacional conseguiria angariar a antipatia de todos sem grande esforço.

Convocar jogadores inexpressivos para a equipe é uma forma de fazer o povo aceitar a derrota (diferentemente de 2006, quando a seleção tinha os maiores astros do futebol mundial e sucumbiu diante de um velho conhecido: Zidane). Ninguém sente-se representado por Josué, Kleberson, Elano e Grafite.

Para finalizar este post que parece infinito, eu esclareço que continuo torcendo pela nossa seleção e quero muito estar errado. Espero que daqui há quatro anos hajam muitas risadas sobre a impossibilidade de sermos campeões duas vezes seguidas. Mas, por outro lado, acredito que seremos eliminados pela Holanda nesta sexta-feira (situação ideal, pois será a única chance do Brasil cair fora sem vestígios – perder para Uruguai ou Gana na semi-final seria um fiasco épico e ser vice para a Argentina, inadimissível).

Deixo também meu palpite para a sequência dos resultados:
Passam as semi-finais Gana, Holanda, Alemanha e Espanha.
Fazem a final da histórica Copa Safari Gana e Alemanha, com os europeus alcançando seu quarto título mundial, igualando-se a Itália e reaproximando-se do Brasil.

Para os africanos, restará o orgulho da melhor campanha de uma seleção africana ter acontecido em solo sul-africano.

Abraços a todos.

3 comentários:

Lucas disse...

Se suas previsões se cumprirem, você será odiado por ter jogado mandinga contra o Brasil e pode até ser chamado pra aparece na televisão. Algo na RedeTV provavelmente.

CRER PARA VER disse...

Que o Brasil perdeu pra Holanda vc tinha razão, mas daí o resultado final vc errou tudo. Explica outra aí. Até acredito em resultados de falcatruas mas não com essas previsões

allanbrunosm disse...

hahaha
Forcei um pouco. Pelo menos não sofri com a eliminação. hahaha
E acertei tres dos quatro semifinalistas!